Certa noite...
Quantos rostos estranhos ele cruza pelo caminho por dia é impossível contar, porém aquele que no meio da noite derramara uma lágrima solitária num banco de ônibus o intrigou como nenhum outro. E durante toda aquela viagem numa estrada cheia de buracos ele tentou penetrar-lhe os pensamentos. Seu olhar era descomprometido e disperso a tudo o que se passava no interior do veículo, no entanto o mundo através da janela, aquele que passava numa velocidade alta acima das onze da noite, exigia-lhe toda a atenção. Por um momento cada poste luminoso parecia obrigar-lhe a mover quarenta e cinco graus o pescoço, o vento invadia violento a janela agitando forte os seus longos cabelos negros presos num elástico e aquele ritmo constante deixou arrebatado aquele que o observava duas poltronas atrás.
E o motivo daquela lágrima continua secreto, obscuro... Tanto quanto o dia em que ele cruzará com aquele rosto outra vez.
1 Comments:
Eu sou 1 alguém que derrama 1 lágrima solitária, esquecendo-se do tempo e das pessoas que me cercam.
(In)felizmente sinto que não há alguém a me observar, exceto as vozes que gritam dentro de mim... a luta entre a razão e a emoção...
Como reconhecer um rosto em meio a tantos estranhos?
Como fazer com que esses encontros deixem de ser casuais?
Como avançar nessas poltronas e estabelecer um diálogo?!?!
Bem... aguardo respostas ou outras divagações nos posts seguintes (ou seja... atualize com freqüência! Hehehehe)
Bjoks
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